Em todo o mundo, o contexto da saúde tem sido altamente exigente.
A pandemia COVID-19 coloca diariamente novos desafios às equipas, chefias, organizações de saúde, cuidados de saúde primários e diferenciados, aos serviços de saúde pública, serviços de saúde ocupacional, à cultura e ambientes organizacionais.
Os riscos psicossociais – stress ocupacional e burnout – estão mais presentes do que nunca e uma atenção especial para os processos de liderança constitui a roda motriz para a prevenção e promoção da saúde, quer dos profissionais, quer das populações que cuidam.
Uma liderança eficaz no contexto da saúde deve valorizar a importância de os líderes efetuarem uma relação entre o que é importante para eles (filosofia de liderança), os comportamentos que assumem para atingir o que é importante para eles (prática de liderança) e definirem estratégias de avaliar a concretização das suas ideias e comportamentos junto dos membros da equipa (critérios de liderança).
É igualmente importante que os líderes dominem diferentes estilos de liderança, uma vez que isso pode potenciar a sua eficácia junto dos membros da equipa. Neste âmbito, quanto mais os líderes usarem estilos de gestão ativa do poder; o feedback positivo ao bom desempenho dos seus colaboradores; e basearem a sua liderança numa relação de confiança com os membros da sua equipa, motivando-os a darem o seu melhor em busca de uma situação positiva para todos, maior será a eficácia da sua liderança. Esta indicação valoriza a importância de, na Saúde, os líderes dominarem diferentes comportamentos de liderança, com primazia substancial para a utilização da liderança transformacional, procurando cativar os profissionais de saúde para o envolvimento em ideais coletivos, benéficos para todos.
A liderança no contexto da saúde depende ainda de fatores antecedentes(ou envolventes à ação do líder) que são fundamentais para o entendimento da liderança. Concretamente, a eficácia da ação do líder será condicionada pelas características situacionais (e.g., expectativas, nível de exigência da organização, elevado número de utentes, escassez de recursos); características pessoais do líder (e.g., crenças, objetivos, motivação); e pelas características dos membros da equipa (e.g., crenças, valores, objetivos, nível de experiência).
A Eficácia da Liderança atribui particular relevo a três dimensões: à necessidade dos líderes efetuarem uma boa relação entre a filosofia, a prática e os critérios de liderança; à importância dos líderes dominarem diferentes estilos de liderança; e aos fatores antecedentes ao exercício da liderança.
Gostaria de perceber melhor como funciona?
A ECV propõe um programa de Promoção da Eficácia da Liderança (Pro●Lider) que visa treinar estilos de liderança promotores da eficácia dos colaboradores, equipas e organizações, com base num Modelo da Eficácia da Liderança (Gomes, 2018) e numa estratégia formativa que lhe permite treinar e desenvolver um plano MUDAR para a sua Equipa/Contexto.