Para um líder, ter boas ideias é fundamental, mas será suficiente?

Não! O Modelo da Eficácia da Liderança (Gomes, 2018) atribui a eficácia da liderança à congruência entre a ideia (a filosofia de liderança) e o plano de ação (a prática de liderança). Ou seja, para que uma boa ideia se concretize também é necessário um bom plano de ação.

Mas o que é um bom plano de ação? Quais são as suas características?

Em termos gerais, um bom plano de ação é concreto, observável, operacionaliza os princípios e filosofia de liderança, e procura o bem coletivo da equipa. Ele tem de ser pensado no sentido de adotar diferentes comportamentos de liderança para cada uma das suas fases/etapas, de forma a ser enquadrado naquilo a que chamamos de “Perfil Ótimo de Liderança” – o que estimula nos membros das equipas o seu comprometimento, vontade de progredir, vontade de dar o seu contributo pessoal, o seu esforço e a identificação com a ideia, com o plano, e com o líder.

Para operacionalizar tudo isto, o líder tem de fazer uso dos comportamentos de liderança ao seu dispor, aplicando-os criteriosamente para conseguir os efeitos desejados:

Visão: pretende transmitir as ideias do líder à equipa.

Gestão ativa: visa estimular o envolvimento dos membros da equipa na tomada de decisão gerando comprometimento – pode assumir uma relevância equivalente à da ideia em si.

Instrução: se o intuito é fazer com que a equipa progrida, será necessário fornecer indicações sobre como corrigir e/ou melhorar as capacidades de trabalho.

Individualização: os membros da equipa não são todos iguais e saber ajustar o comportamento em função das características, expectativas e necessidades de cada elemento da equipa é fundamental. Desta forma cada elemento terá bem presente o contributo único que dá à equipa e como foi importante no processo.

Apoio: para que os elementos da equipa se identifiquem com o líder, aumentando a confiança e a sinergia entre eles, é necessário que o líder estabeleça relações próximas com os membros da equipa.

Inspiração: todas as equipas têm altos e baixos, mas se um líder pretende promover o desejo de sucesso e esforço contínuo na equipa, terá de a inspirar.

Feedback positivo: se o líder deseja que a equipa mantenha o nível de esforço contínuo, o reforço e reconhecimento pelo bom rendimento dos membros da equipa é fundamental.

Feedback negativo: se, por outro lado, o líder deseja modificar comportamentos inadequados, o feedback negativo pode ser uma opção. No entanto, este comportamento deve ser utilizado com muita moderação.

O modelo da eficácia da liderança propõe que a maior eficácia de liderança é alcançada quando os líderes assumem estes comportamentos com regularidade, à exceção do feedback negativo que deve ser utilizado com muita parcimónia.

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Autoria
Adérito Seixas
Clara Simães

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