Na Escola Competências de Vida (ECV), baseamos os nossos programas de treino de competências de vida nas indicações científicas fornecidas pelo grupo de investigação Adaptação, Rendimento e Desenvolvimento Humano (ARDH-GI). É a partir de todo este extenso trabalho teórico que desenvolvemos e aplicamos os nossos programas de intervenção.

 Mas qual é a base do nosso modelo de treino?

Propomos o Modelo da Eficácia do Treino de Competências de Vida (Gomes et al., 2019) como alicerce e elemento comum a todos os nossos serviços e programas. Este modelo assenta em quatro aspetos que determinam a eficácia de um programa de treino de competências de vida:

(1) Avaliação do treino

Avaliação do treino em vários momentos: antes, imediatamente após a intervenção e pelo menos três meses depois. Desta forma é possível traçar o progresso dos participantes ao longo do tempo.

(2) Medidas usadas na avaliação

Como avaliar? A avaliação da eficácia do treino deve incluir quatro níveis:

  • Competências de vida –  a competência de vida treinada foi efetivamente adquirida nos vários contextos do participante?
  • Resultados subjetivos experienciais – o indivíduo alterou efetivamente a sua autoavaliação de construtos psicológicos associados ao treino? Por exemplo, o treino que recebeu em motivação contribuiu para aumentar o seu comprometimento face a uma tarefa?
  • Resultados subjectivos de rendimento – qual a perceção dos participantes sobre o impacto do treino na sua atividade?
  • Resultados objetivos – o indivíduo teve efetivamente uma alteração no seu rendimento em atividades relacionadas com o treino? Por exemplo, o indivíduo que recebeu treino em liderança melhorou o seu desempenho como líder? 
(3) Etapas do treino

Embora as metodologias possam ser diferentes, os programas de treino na ECV procuram seguir, total ou parcialmente, as seguintes fases:

  • Motivação – tem como objetivo estimular o interesse do participante pelo tema.
  • Aprendizagem – procura-se que os participantes aprendam conteúdos sobre a competência de vida em questão.
  • Automatização – procura-se que o indivíduo inclua a competência no seu reportório comportamental e mental. Por exemplo, na gestão do stress, um participante que automatize os comportamentos das técnicas de respiração terá maior probabilidade de as utilizar automaticamente e com sucesso numa situação de stress da vida real.
  • Transferência – procura-se que os participantes consigam transferir a competência para os vários contextos das suas vidas. Por exemplo, um atleta que treinou gestão de stressno contexto desportivo conseguir aplicar essa competência ao contexto académico.
(4). Variáveis individuais

Todas estas fases são influenciadas por variáveis inerentes ao próprio indivíduo que devem ser tidas em conta: i) variáveis internas – aspetos demográficos, físicos e de saúde e psicológicos e emocionais; e ii) variáveis externas – aspectos situacionais e socioeconómicos.

E na prática?

O modelo avança com duas hipóteses: 

  1. A eficácia do treino aumenta na medida em que os programas de intervenção envolvem metodologias de treino de quatro etapas (motivação, aprendizagem, automatização e transferência), comparativamente a programas que não explicitam ou incorporam estas etapas; 
  2. A eficácia do Treino de Competências de Vida é influenciada (i.e., moderada) por variáveis internas e externas aos participantes nos programas de intervenção.

A ECV oferece um treino eficaz, com base em indicações científicas e avaliado com dados objetivos e subjetivos! Venha conhecer este modelo na prática e inscreva-se numa das nossas iniciativas!


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Fonte a consultar

Gomes, A. R., Fontes, L., Maciel, T., Simães, C., & Resende, R. (2019). Treino de competências de vida: Uma proposta teórica e desafios futuros [Life skills training: A theoretical proposal and challenges for the future]. In A.L. Aroni, A. Fernandes, F. Ferreira, & L. Bortolai (Eds), Pensando a Educação na atualidade: Olhares múltiplos (pp. 137-152). Itapetininga: EdiçõesHipótese.

Autoria
Liliana Fontes

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