Uma das questões que mais interesse desperta em torno do tema da liderança é o que caracteriza um bom exercício desta atividade, por parte de pessoas com funções de gestão nos mais variados contextos. A resposta não é totalmente evidente e clara, principalmente pelo facto de envolver um conjunto alargado de fatores que estão envolvidos num bom exercício da liderança. De um modo geral, estes fatores distribuem-se por três domínios: a pessoa do líder e o modo como é exercida, na prática, a liderança; as pessoas que estão sob a ação direta do líder (colaboradores, funcionários, membros de equipas, etc.) e o contexto onde o fenómeno da liderança ocorre. Dito de forma simples, uma boa liderança depende da figura do líder, dos colaboradores e do contexto em causa.
Neste sentido, ser líder implica sentir uma vocação pessoal para o exercício da liderança e usar essa vocação de um modo positivo ao serviço dos outros. Por outro lado, implica escolher e prestar atenção ao modo como os colaboradores funcionam e de que modo se sentem competentes e capazes de executar as tarefas propostas. E, não menos importante, implica considerar as circunstâncias onde a liderança ocorre, em termos de condições existentes para o exercício da liderança e a eventual presença de constrangimentos externos que podem condicionar a ação de liderança.
O domínio destes três fatores é fundamental para maximizar a eficácia da liderança e, assim, contribuir para uma boa liderança. Vejamos alguns exemplos sobre como maximizar a possibilidade destes três fatores funcionarem a favor de uma boa liderança:
1. Fatores relacionados com o líder. importa que o líder analise até que ponto se sente vocacionado para o exercício da liderança e se sente tecnicamente e emocionalmente preparado para as responsabilidades inerentes à função de liderança. Liderar é, acima de tudo, um exercício de vocação pessoal em prol de uma missão positiva e benéfica para todos os envolvidos! Saber isto e comportar-se em conformidade é essencial para um bom exercício da liderança.
2. Fatores relacionados com os colaboradores. Importa que o líder pense sobre o tipo de pessoas a quem se dirige a sua liderança, analisando as características pessoais e de personalidade de cada uma delas, bem como as capacidades que possuem para executar as responsabilidades e tarefas em causa. Liderar implica adaptar a ação do líder em função das pessoas em causa, procurando-se estimular o melhor das suas competências em prol da missão em causa. Sempre que possível, é também importante que o líder escolha as pessoas que melhor se adequem aos objetivos a alcançar e às exigências que podem surgir durante o processo de liderança.
3. Fatores relacionados com a situação/contexto. Importa que o líder considere as condições materiais, logísticas e financeiras que possui para executar com sucesso a sua atividade, analisando até que ponto as condições de trabalho funcionam a seu favor ou podem debilitar o alcance da missão estabelecida. Liderar implica ajustar a estratégia a seguir em função dos condicionalismos em causa, não permitindo que a ação de liderança falhe por fatores externos ao próprio grupo de trabalho.
Um bom domínio destes três fatores não garante que tudo vai correr bem no exercício da liderança, mas maximiza a possibilidade de sucesso da liderança e, consequentemente, aumenta o potencial de uma boa liderança!
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